terça-feira, 8 de novembro de 2011

O GUARDA DA VIDA

É comum se ouvir que uma pessoa precisa estar bem informada para ter condições de ir bem. A informação é muito importante em termos de desenvolvimento profissional. Mas há casos em que a informação certa e oportuna tem o efeito de salvar a própria vida.
Veja a história. Dois jovens alpinistas desejavam escalar a montanha mais alta e desafiadora. Para realizar o sonho eles compram o material exigido para o esporte, estudam o local, programam as paradas que devem fazer até o cume, organizam a alimentação e tomam todos os cuidados necessários para realizar a subida.
Chega o dia esperado e ambos se dirigem ao grande desafio, encontrando lá outras pessoas que tinham a mesma paixão e que com eles trilhariam caminho acima.
Na manhã seguinte com muita animação o grupo inicia a escalada.
Ao término do terceiro dia de subida quando o grupo, ao entardecer, se prepara para armar acampamento para uma noite de descanso, chega ali o Guarda da Montanha que lhes traz informação de que uma grande nevasca atingiria a montanha. E para segurança de todos, ele aconselha que deixem a face sul e escalem pela face norte da montanha, pois a nevasca desceria mais intensamente por este lado.
Insistindo que a mudança de rota preservaria suas vidas o Guarda volta ao seu posto de observação.
O grupo passa a considerar o que fazer. Uns dizem que haviam estudado bem o percurso e que não havia por que mudar a rota, pois na história recente daquele trajeto nunca registrou acontecimento desta ordem. Outros, igualmente seguros, diziam que se houvesse alguma nevasca ela não seria terrível a ponto de por em risco suas vidas. Ainda houve quem dissesse que o Guarda estava exagerando no seu prognóstico e que temer subir conforme programado seria coisa de iniciante.
 Os dois amigos, porém, dando crédito as palavras do Guarda da Montanha resolvem deixar o grupo, mudando a rota para tomar o lado norte da montanha.
Ao entardecer do quarto dia quando os dois se preparam para um novo descanso, e ao tempo em que tudo parecia normal, o perigo anunciado se confirma. A montanha é tomada por uma grande nevasca que descendo com violência destrói tudo e mata a todos que sobem pela sua face sul.
 No sexto dia quando chegam ao topo são e salvos os dois alpinistas devotam grande estima ao Guarda da Montanha, pois foi sua informação oportuna que alterou sua rota de subida e lhes preservou a vida.
A Bíblia pode ser vista como um livro que traz informações importantes que ouvidas e levadas a sério podem salvar a vida dos que nela crêem.
Se os dois amigos foram salvos pela informação oferecida pelo Guarda da Montanha, aqueles que estão “escalando” o grande desafio da existência humana serão salvos eternamente se crerem na informação que lhes chega através da Palavra do Guarda da Vida, a saber, Deus, mediante o evangelho.
Há caminhos, diz a Escritura Sagrada, que para o homem parecem direito, mas ao cabo ou ao fim deles dá em caminhos de morte (Pv 14.12).
O que se observa deste versículo é que um caminho não muda seu destino ou seu fim simplesmente por que aquele que anda por ele acredita que irá chegar onde quer e não onde o caminho efetivamente chega.
Um caminho de morte oferecerá morte, ainda que o caminhante ache que o final dele será a vida.
Um caminho não oferece aquilo que se pensa que deve oferecer, mas sim, oferece aquilo que ele efetivamente garante oferecer, seja boa ou ruim a sua oferta.
Quem faz o fim do caminho não é o caminhante mas o caminho no qual se anda.
Se a pessoa deseja ter um fim diferente daquele que o caminho propõe, a única alternativa para o caminhante não é mudar de idéia a respeito do caminho mas sim, mudar de caminho e isto enquanto é tempo de fazê-lo.
Os alpinistas que não ouviram o Guarda da Montanha porque acreditavam que seu caminho era um caminho seguro, provaram que estavam equivocados a respeito do que pensavam a este respeito.
Mesmo estando convictos de que andavam pelo caminho de vida, os alpinistas trilharam sim, o caminho da morte, o que afinal aconteceu.
Não há razão para duvidar das informações da Palavra de Deus, já que elas fluem dAquele que sabe todas as coisas conhecendo o fim desde o seu começo, não havendo para Ele surpresa alguma em todos os acontecimentos da vida.
Deus não advinha o que vai acontecer no futuro mas sim, afirma o que realmente irá suceder já que tem diante de Si tudo como um eterno presente.
Existem dois destinos que se descortinam diante do homem, ou a morte eterna ou a vida eterna e chegar a um ou outro depende do caminho no qual se está andando.
São palavras objetivas de Jesus: eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim (Jo 14.6).
Ir ao Pai ou encontrar-se com Deus, o que implica ter a vida eterna, depende do caminho no qual se anda.
O único caminho que leva o homem a Deus é Jesus Cristo, de modo que quem por Ele caminha encontrara Deus e com Ele viverá para sempre.
O convite do evangelho é para que você mude de caminho enquanto é tempo de fazê-lo, pois chegará o dia em que isto não mais será possível.
Portanto, não confie sua vida as suas idéias quando a questão diz respeito a eternidade. Lembre-se de que os alpinistas que negaram crédito as palavras do Guarda da Montanha provaram para si mesmos o quanto estavam enganados em suas convicções.
Afinal, não são nossas convicções que nos levam a Deus mas sim, Jesus Cristo.
Confesse a Jesus como Senhor, receba-O como Salvador e hoje mesmo você será posto no caminho da vida.
Deixe, portanto, que o Guarda da Vida que é Cristo guarde sua vida para sempre, e ore como o salmista: Senhor, vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno (Sl 139.24).

Lutero de Paiva Pereira

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