sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

CRENTE DESIDRATADO


                                                       
Uma pessoa pode fazer greve de fome passando 5, 10, 15 ou mais dias sem comer mas não pode se privar da água por períodos assim tão longos, pois como 70% do corpo humano é água ninguém consegue sobreviver por muito tempo sem ingerir líquido.
A máxima é que se pode ficar até 3 minutos sem respirar, 3 dias sem tomar água e 3 semanas sem se alimentar.
O sedento é alguém em desespero cuja necessidade de água deve ser satisfeita no tempo certo sob risco de desidratação. A desidratação  ocorre quando o corpo humano não tem água suficiente para realizar suas funções normais, e no seu estado GRAVE  ela tem, dentre outros, os seguintes sintomas: queda da pressão arterial, sensação de perda de consciência iminente, estupor, hipertermia, convulsões, choque e até a morte.
Quando o salmista quis expressar seu desejo intenso de encontrar-se com Deus ele fez analogia com a sede dizendo: a minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo (Sl 42.2).
Falando com a mulher samaritana Jesus disse: todo aquele que beber desta água tornará a ter sede mas aquele que beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede (Jo 4.13.14).
Neste relato são identificados dois tipos de sede, dois tipos de água e dois lugares diferentes de encontrar cada uma delas.
De um lado, a água no sentido literal que é retirada do poço para saciar a sede física. De outro lado, a água no sentido figurado, que somente Jesus  pode oferecer para satisfazer a sede da alma.
Não é pequeno o número de crentes que podem ser identificados como espiritualmente sedentos, os quais procurando satisfazer sua sede espiritual com água que não tem a propriedade adequada para isto já dão sintomas de desidratação espiritual.
Sobre este enfoque vemos o profeta alertando o povo de Israel: Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas (Jr 2.13).
Israel saciava sua sede agora não mais com as águas de Deus, mas com as águas do Egito e da Assíria, representativas de lugares que apontavam para uma realidade distante do Senhor.
Deixando Deus, o manancial de águas vivas o povo se volta na busca de cisternas  que não tinham como reter águas, e  o texto diz que o povo virou as costas e não o rosto para Deus (v.27).
Cisternas cavadas foi a forma de Israel se distanciar do manancial de águas vivas, trocando a graça que traz água viva pelo esforço de buscar que não satisfaz.
Pensemos, a luz do texto, algumas lições que são úteis para examinarmos nossa própria história.
Quando nos convertemos a Cristo ou tivemos nossa experiência de salvação, naquele tempo o amor de Deus por nós isto fez brotar no coração nosso amor por Deus.
Todos quantos foram salvos lembram-se da época em que o coração passou a amar a Deus, coisa que antes não fazia parte dos seus sentimentos.
Porque você passou a amar a Deus quis se consagrar a Ele e, então, consagrado a Deus, desfrutou do manancial de águas vivas que é Cristo, o qual saciava sua sede espiritual plenamente.
No entanto, é possível que seu amor por Deus tenha diminuído, esfriado ou desaparecido por completo, e mesmo sabendo que Deus te ama você já não mais tem certeza de que ama a Deus.
 Porque você deixou de amar a Deus, dEle também se afastou e sua consagração, certamente, acabou.
 Agora você está dedicado a muitas coisas, até mesmo as coisas da igreja, mas não a Cristo.
Cristo Jesus já não é parte do seu projeto de vida como foi no início de sua carreira.
Nesta condição é possível que foi tenha ido buscar  água em cisternas rotas que não podem reter a água.
 E bebendo águas que não procedem de Cristo você foi ficou cada dia espiritualmente mais sedento a ponto de estar em processo de desidratação espiritual grave.
Quando o povo de Israel ficou desidratado, Deus perguntou: que injustiça vocês acharam em mim para deixar o manancial de águas vivas e cavar cisternas que não podem reter água?
A pergunta atual é: Que injustiça achamos em Cristo a ponto de nosso amor por Ele se esfriar, nossa consagração desaparecer e irmos buscar águas em lugares inapropriados?
Estamos com sede não porque a fonte de água viva secou, mas porque deixamos de beber dela; estamos com sede, não porque a fonte de água viva está fechada, mas porque viramos a costas para ela; estamos com sede não porque a fonte de água viva não está disponível, mas porque nós fomos beber em lugar diferente.
A exortação é deixar nossas cisternas e voltarmos para Cristo imediatamente.  
Você é um crente espiritualmente desidratado?  Se for o caso decida agora mesmo voltar-se para Cristo a fonte de água viva que sacia a sede espiritual, aceitando o convite que Ele faz nos seguintes termos: no último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. Isto ele disse com respeito ao Espírito Santo que haviam de receber os que nele cressem (Jo 7.37-39).

Lutero de Paiva Pereira

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