segunda-feira, 14 de abril de 2014

PERDENDO O PARAÍSO

Engana-se quem pensa que o Diabo não ensina a pregar, como também que não haja quem não se deixe por ele ser ensinado. O Diabo não só ensina como tem seus adeptos e aprendizes por todo o mundo, os quais muitas vezes encontram-se tão perto da igreja que podem ser achados em seus próprios púlpitos. Quem se acerca de tais mensageiros correm o risco de ser convencido por suas propostas, pois os são eles habilidosos e cheios de astúcia pra conduzir seus ouvintes a lugares e atitudes pouco recomendadas. Se assim não fosse não arrastariam milhares de crentes após si como a história já provou e a modernidade não desmente.
Neste sentido é bom ficar esperto às mensagens que provocam comichões nos ouvidos, pois são elas as que mais têm propensão para desviar a igreja do caminho reto, do mesmo modo como ocorreu no princípio.
Olhar para o Éden, como o palco da primeira grande pregação do Diabo na terra, se mostra conveniente para ficar alerta ao ataque dos seus discípulos modernos.
Desde o Éden o estratagema utilizado por Satanás para enganar o homem consiste em apresentar-lhe a mentira embrulhada pela verdade para que o ouvinte fique confuso.
Quando Satanás disse a Eva que ela conheceria o bem e o mal ao comer do fruto que lhe era proibido, isto não era uma mentira pois o referido conhecimento certamente ocorreria. No entanto, quando a Serpente disse que além de não morrer ela seria igual a Deus, isto sim era uma mentira, pois além de morrer o homem nunca chegou a ser igual a Deus.
Todavia, nota-se, que as sugestões, a saber, a verdadeira e as mentirosas, todas elas estavam na mesma mensagem e tão bem envelopadas umas as outras, que acolher uma implicava em acolher todas elas.
Essa maneira de seduzir os homens através de mensagens com 1/3 de verdade e 2/3 de mentira se popularizou desde então por toda a terra e chegou aos nossos dias, e tem sido eficiente aos ouvidos mais distraídos.
Haverá tempo, previa o apóstolo Paulo, que os homens não suportarão a sã doutrina (2 Tm 4.3), isto é, a doutrina ou o ensino que tem saúde, e justamente por esta causa eles se cercarão de mestres segundo suas concupiscências (2 Tm 4.3), os quais falarão não o que precisam, mas sim o que desejam ouvir.
Por que não gostarão da doutrina que tem saúde o apóstolo diz que tais pessoas recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas (2 Tm 4.4) ou mitos que, segundo ele mesmo adverte, promovem discussões mas não serviço a Deus ( 1  Tm 1.4).
E o pior da mensagem com 1/3 de verdade e 2/3 de mentira é que a maior parte dela, a saber, os 2/3, é sempre sedutora ao prometer tudo e o melhor que o ouvinte deseja.
O melhor é fugir de pregadores e de mensagens mitológicas do mesmo modo que José fugiu da mulher de Potifar, mesmo que isto signifique perder a capa e tudo aquilo que ela pode representar de bem hoje. Tais mensagens e mensageiros, de outra parte, não podem ter direito ao púlpito que foi reservado à mensagem de Cristo, pois nesse lugar a totalidade da mensagem, ou seja, 3/3 dela, deve estar necessariamente assentada na verdade.  
Todavia, assim como aconteceu lá se a igreja atual se der a esses enganadores não demorará para os crentes perderem o paraíso, que outra coisa não representa senão um completo afastamento de Deus.

Lutero Paiva Pereira

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