Toda
religião que deseja ter adeptos exige sacrifícios pessoais dos que a professam.
Isto é assim porque o homem valoriza seu esforço pessoal mais do que qualquer
outra coisa.
A pessoa
pensa que fazer sacrifícios chama a atenção de Deus em seu favor, despertando
Seu interesse em abençoar aquele que se propõe a algum tipo de sofrimento.
Quem
faz sacrifício acha que está “pagando” o preço para alcançar o bem desejado, e
o fato de ter “sofrido” em favor de si mesmo parece lhe assegurar o direito de
ser recompensado no presente e no futuro por Deus.
No
entanto, mesmo agindo assim o homem não consegue a sonhada e desejada paz no
coração, pois sua consciência ainda continua intranquila.
No
meio desse drama humano o cristianismo puro e verdadeiro, se apresenta com uma
proposta de descanso e alívio.
O
cristianismo prega que o mérito para ser abençoado não está no sacrifício que o
homem faz, mas sim, na fé que o homem coloca no sacrifício que outro fez por
ele.
O
cristianismo prega e apresenta Jesus Cristo como aquele que fez o sacrifício verdadeiro,
puro e santo em favor do pecador, o que aponta para a graça de Deus.
A graça
consiste exatamente no fato de Deus ter enviado seu Filho ao mundo, para que
todo aquele que nele crê (Jo 3.16), possa desfrutar das bênçãos de Deus sem ter
que pagar preço algum.
Sem se
dar a fazer qualquer tipo de sacrifício pessoal para merecer a salvação de Deus
Paulo escreve: Jesus Cristo
veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal (1 Tm 1.15).
Em tão
poucas palavras o apóstolo está afirmando que não era ele quem se salvava a si
mesmo, mas sim a pessoa de Jesus que veio ao mundo exatamente para esse fim.
Portanto,
a mensagem bíblica propõe levar o homem a crer em Jesus Cristo para descansar em sua obra de salvação,
sendo dispensando de qualquer esforço pessoal para fazer aquilo que Cristo já
fez por ele.
A a
palavra fé significa, dentre outras coisas, confiança e é exatamente isto que o
evangelho chama o pecador a fazer, ou seja, a confiar na obra de Cristo como totalmente
suficiente para reconciliá-lo
com Deus.
Diferentemente
das outras religiões que se propagam pela sugestão de sacrifício pessoal de
seus adeptos, o cristianismo traz alívio ao convidar o homem a crer na obra
sacrificial de Cristo em seu favor, para gozar de paz eterna com Deus.
O
apóstolo Paulo escreveu: eu sei em quem tenho crido (2
Tm 1.12).
Ele
não disse: eu sei o que tenho feito porque bem sabia que o mais importante
é saber em quem se crê e não no que se faz.
A
essência da fé cristã não é, portanto, sacrifício de quem crê, mas crença no sacrifício
daquele em quem se crê.
Quem crê
em Cristo entra no descanso de Deus, passando a ter um coração de
gratidão ao Senhor como reação a Sua maravilhosa graça.
Não
foi esse o convite de Jesus? vinde a mim, todos que estais cansados e
oprimidos e eu vos aliviarei (Mt
11.28).
Deixar
os sacrifícios pessoais, quaisquer que sejam, para confiar única
e totalmente no sacrifício do Filho de Deus, é o que o evangelho do Reino
oferece aos homens que estão cansados e sobrecarregados em seus ritos
religiosos.
Uma fé
nesses termos traz alívio, renova as forças e dá ânimo para seguir em frente.
Quando
você descobre que o Verbo eterno de Deus, a saber, o Filho de Deus, veio ao
mundo com o propósito de fazer em seu favor aquilo que você precisava e não
conseguia fazer, ou seja, o pagamento pleno dos seus pecados, isto faz bem ao
coração.
Foi o escritor sagrado quem
disse: porque aquele que entrou no
descanso de Deus, ele próprio descansou de suas obras, como Deus das suas (Hb
4.10).
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