Têm os crentes suas mentes despertadas de modo suficiente para perceberem que o simples
fato da Bíblia dar a Jesus o título de Rei isto implica em reconhecer a
existência de um Reino a ele vinculado?
Não parece muitas vezes que se pensa no Rei mas não se cogita
do Seu reino?
Um rei sem reino é uma impossibilidade flagrante, de modo que
se Jesus é Rei seu reino é real e deve ser motivo de interesse dos que
professam fé em Seu nome conhecer um pouco do que é e do que será sua realidade.
Quem lê com atenção o Novo Testamento observa que em seus
registros iniciais, a saber, os quatros evangelhos o assunto da chegada do
Reino de Deus na Terra é notório.
Ao se prosseguir o estudo pelo livro de Atos, passando depois pelas
cartas apostólicas e chegando ao Apocalipse, não é menos verdadeiro que o reino
de Deus toma destaque por toda a Bíblia.
Com efeito, Lucas escreve que Jesus depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis,
aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das cousas concernentes ao reino de Deus (At 1.4).
Ora, se Jesus, entre o período de sua ressurreição e
ascensão, por longos 40 dias se
ocupou em falar com os apóstolos que
escolhera (At 1.2) cousas que diziam respeito ao reino de Deus, é mais que
certo supor que tal assunto tinha sua prioridade no ensino, principalmente
agora que estava na iminência de se ausentar deles.
Parece mais que óbvio que um tema que foi central no
ministério de Cristo não pode deixar de ocupar igual espaço na vida dos seus seguidores,
de modo que é urgente que a igreja repense sua atuação no ensino e na pregação
para, se for o caso, emprestar maior e mais atenção ao reino de Deus.
Aliás, até mesmo quando fala sobre a chegada do fim, tempo em que Jesus retornará ao
mundo para julgar, a Bíblia assegura que antes disto acontecer o evangelho do reino deverá ser pregado por
todo o mundo (Mt 24.14).
A evangelização, à luz das palavras de Jesus, consiste no
anúncio do evangelho do reino e não na
exposição de uma mensagem aguada e inconsistente que está longe daquilo que
Deus promete aos salvos.
Certa vez Jesus fez saber aos seus: Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos
o seu reino (Mt 12.32).
Se o crente espera algo melhor do que o reino de Deus, espera
em vão porque não existe. Outrossim, se não espera o reino vive com uma fé
vazia que o faz olhar somente para as coisas desta terra, que são passageiras e
incapazes de gerar esperança verdadeira.
Ora, se o evangelho que se deve pregar é o evangelho do reino de Deus, perguntas se
impõem:
a) cadê o reino em nossa pregação?
b) de que forma o reino se encaixa em nossa fé?
c) temos expectativas positivas de sua implantação plena na
Terra ou nossa mente nem se ocupa com isto?
d) seria o caso de professarmos fé
num Rei sem reino?
Se você não tem ouvido estudos e pregações que falam do Rei e do seu reino, é possível afirmar que grande parte do evangelho não chegou ao seu conhecimento, o que é lamentável.
Se você não tem ouvido estudos e pregações que falam do Rei e do seu reino, é possível afirmar que grande parte do evangelho não chegou ao seu conhecimento, o que é lamentável.
Porém, há uma maneira fácil de
reverter esta situação caótica com uma atitude pessoal simples, qual seja, estudar
ou ler a Bíblia utilizando-se uma caneta marca texto para evidenciar os
versículos onde aparecem as palavras rei e reino.
Se fizer assim você ficará admirado
de ver a quantidade de vezes que o assunto toma espaço nas Escrituras.
E ao desenvolver este hábito simples
de ler a Palavra de Deus o conhecimento do reino de Deus fortalecerá sua fé e
aumentará sua esperança quanto a volta de Cristo.
Não devemos esquecer que uma das
coisas que Jesus fez ao ensinar seus discípulos a orar foi dizer que eles
deveriam pedir ao Pai a vinda do seu reino: venha
o teu reino (Mt 6.10).
Conheça o Rei e Seu reino e você terá
o melhor da fé cristã.
Lutero de
Paiva Pereira
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