"Tudo quanto te
vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura,
para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria
alguma (Ec 9.10)."
Que a sociedade é construída a partir do esforço individual
de todos os seus membros é fato mais que notório. O que, no entanto, a pessoas nem sempre percebem é que o ato de se viver responsavelmente no âmbito social contribui para
o bem do indivíduo, inclusive no processo de superar a própria crise
existencial comum aos mortais.
O professor Viktor E. Frankl da Universidade de Viena,
fundador da logoterapia, chamada tantas vezes de “terceira escola vienense de
psicoterapia”, defende a tese de que o “ter responsabilidade é a base
fundamental da pessoa enquanto ser espiritual”, pois a existência
responsável aponta para a missão do indivíduo e a missão traz bem-estar
psicológico.
A missão, qualquer que seja ela, motiva a existência e
aumenta de forma assustadora as forças dos que têm apreço por ela, chegando ao
ponto de alguém se dar até mesmo a uma missão suicida, como foi o caso dos
camicases durante a segunda guerra mundial, que encontraram razão de viver até mesmo quando morrer é o fim último da própria missão.
Com uma ocupação consciente e consistente o indivíduo ao invés de ser atacado por perguntas que lhe trazem incômodo como, por exemplo, “porque existo?” ele se torna capaz de responder o porque existe ao olhar ou apontar para as ações que motivam seu existir sadio.
Com uma ocupação consciente e consistente o indivíduo ao invés de ser atacado por perguntas que lhe trazem incômodo como, por exemplo, “porque existo?” ele se torna capaz de responder o porque existe ao olhar ou apontar para as ações que motivam seu existir sadio.
A responsabilidade de agir bem no ambiente social torna os
atos humanos em mecanismos de incentivo para continuar a existir, pois na ação responsavelmente
praticada a pessoa verá sua capacidade de realizar estampada diante dos olhos,
o que estimulará seu senso de responsabilidade e, então, a continuação do seu
existir.
Ninguém está isento daquelas perguntas existenciais que farejam
o indivíduo como o cão perdigueiro a codorna, mas enquanto se vive num
mundo de concretude é preciso trazer a existência coisas que não existem para que
os próprios olhos vejam o esforço e a capacidade das mãos e isto alimente a alma com motivos para seguir em frente.
Quando o referido professor sentencia que “somente pela ação
poderão ser verdadeiramente respondidas as ‘perguntas vitais’”, vale a pena
emprestar-lhe credibilidade por tratar-se de um sobrevivente de campo de
concentração nazista, onde nem mesmo os horrores daquele ambiente foram
suficientes para roubar-lhe o senso de missão na terra.
A existência responsável decorre de uma vida que faz, coisas grandes ou pequenas, não importa, pois quem realiza sentir-se-á mais
confortável e capacitado a responder do que propriamente a ser sitiado por
perguntas que ocupam a mente pouco produtiva.
Portanto, é preciso agir sempre de modo que os atos
respondam às perguntas que a mente nem sempre consegue digerir, e isto para o bem
pessoal e de todos quantos das ações irão se beneficiar pois toda ação
responsável é sempre construtiva.
"Tudo quanto te vier às mãos", disse o sábio, "faze-o conforme as tuas força", e este é um provérbio que se aplica a todos os cantos da vida humana e não somente aos ambientes eminentemente religiosos. Afinal, Jesus disse aos seus discípulos que na qualidade de luz do mundo eles deveriam agir de forma que os homens e não somente os "irmãos", ou seja, todas as pessoas e não somente as "pessoas da igreja" vissem as suas boas obras e glorificassem ao Pai que está nos céus (Mt 5.16).
"Tudo quanto te vier às mãos", disse o sábio, "faze-o conforme as tuas força", e este é um provérbio que se aplica a todos os cantos da vida humana e não somente aos ambientes eminentemente religiosos. Afinal, Jesus disse aos seus discípulos que na qualidade de luz do mundo eles deveriam agir de forma que os homens e não somente os "irmãos", ou seja, todas as pessoas e não somente as "pessoas da igreja" vissem as suas boas obras e glorificassem ao Pai que está nos céus (Mt 5.16).
Lutero de Paiva Pereira
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