sexta-feira, 22 de março de 2013

CADÊ O REINO?



Têm os crentes suas mentes despertadas de modo suficiente para perceberem que o simples fato da Bíblia dar a Jesus o título de Rei isto implica em reconhecer a existência de um Reino a ele vinculado?
Não parece muitas vezes que se pensa no Rei mas não se cogita do Seu reino?
Um rei sem reino é uma impossibilidade flagrante, de modo que se Jesus é Rei seu reino é real e deve ser motivo de interesse dos que professam fé em Seu nome conhecer um pouco do que é e do que será sua realidade.
Quem lê com atenção o Novo Testamento observa que em seus registros iniciais, a saber, os quatros evangelhos o assunto da chegada do Reino de Deus na Terra é notório.
Ao se prosseguir o estudo pelo livro de Atos, passando depois pelas cartas apostólicas e chegando ao Apocalipse, não é menos verdadeiro que o reino de Deus toma destaque por toda a Bíblia.
Com efeito, Lucas escreve que Jesus depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas provas incontestáveis, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando das cousas concernentes ao reino de Deus (At 1.4).
Ora, se Jesus, entre o período de sua ressurreição e ascensão, por longos 40 dias se ocupou em falar com os apóstolos que escolhera (At 1.2) cousas que diziam respeito ao reino de Deus, é mais que certo supor que tal assunto tinha sua prioridade no ensino, principalmente agora que estava na iminência de se ausentar deles.
Parece mais que óbvio que um tema que foi central no ministério de Cristo não pode deixar de ocupar igual espaço na vida dos seus seguidores, de modo que é urgente que a igreja repense sua atuação no ensino e na pregação para, se for o caso, emprestar maior e mais atenção ao reino de Deus.
Aliás, até mesmo quando fala sobre a chegada do fim, tempo em que Jesus retornará ao mundo para julgar, a Bíblia assegura que antes disto acontecer o evangelho do reino deverá ser pregado por todo o mundo (Mt 24.14).
A evangelização, à luz das palavras de Jesus, consiste no anúncio do evangelho do reino e não na exposição de uma mensagem aguada e inconsistente que está longe daquilo que Deus promete aos salvos.
Certa vez Jesus fez saber aos seus: Não temais, ó pequenino rebanho; porque vosso Pai se agradou em dar-vos o seu reino (Mt 12.32).
Se o crente espera algo melhor do que o reino de Deus, espera em vão porque não existe. Outrossim, se não espera o reino vive com uma fé vazia que o faz olhar somente para as coisas desta terra, que são passageiras e incapazes de gerar esperança verdadeira.
Ora, se o evangelho que se deve pregar é o evangelho do reino de Deus, perguntas se impõem:
a) cadê o reino em nossa pregação?
b) de que forma o reino se encaixa em nossa fé?
c) temos expectativas positivas de sua implantação plena na Terra ou nossa mente nem se ocupa com isto?
d) seria o caso de professarmos fé num Rei sem reino?
                                               Se você não tem ouvido estudos e pregações que falam do Rei e do seu reino, é possível afirmar que grande parte do evangelho não chegou ao seu conhecimento, o que é lamentável.
Porém, há uma maneira fácil de reverter esta situação caótica com uma atitude pessoal simples, qual seja, estudar ou ler a Bíblia utilizando-se uma caneta marca texto para evidenciar os versículos onde aparecem as palavras rei e reino.
Se fizer assim você ficará admirado de ver a quantidade de vezes que o assunto toma espaço nas Escrituras.
E ao desenvolver este hábito simples de ler a Palavra de Deus o conhecimento do reino de Deus fortalecerá sua fé e aumentará sua esperança quanto a volta de Cristo.
Não devemos esquecer que uma das coisas que Jesus fez ao ensinar seus discípulos a orar foi dizer que eles deveriam pedir ao Pai a vinda do seu reino: venha o teu reino (Mt 6.10).
Conheça o Rei e Seu reino e você terá o melhor da fé cristã.
Lutero de Paiva Pereira

quarta-feira, 6 de março de 2013

VOCÊ PRECISA NASCER DE NOVO


Se você é jovem ou adulto, rico ou pobre, culto ou inculto, se você é membro de uma igreja ou não, nada disto importa.
O fato é que se você não nascer de novo pelo poder de evangelho não poderá nem ver nem entrar no reino de Deus.
E mais, se não nascer de novo você morrerá eternamente padecendo sob os sofrimentos da ira divina ao tempo do juízo final.
Todavia, como Deus deseja que você desfrute da vida eterna e não da morte eterna, é preciso que você preste atenção a esta mensagem para ter um encontro pessoal com Cristo, sendo feito uma nova criatura com direito a participar do eterno Reino de Deus.
Naturalmente falando você já percebeu como o futuro é construído no presente?
Decisões tomadas hoje têm reflexos positivos ou negativos nos dias futuros, de modo que é prudente decidir bem hoje para ter um futuro bom amanhã.
Espiritualmente também é assim. Se você deseja um futuro de paz, de vida eterna, um futuro junto de Deus, decidir-se hoje por confessar a Cristo como Senhor, recebendo-O como Salvador é garantia de um amanhã de esperança.
Esta mensagem chamará você a uma decisão por Cristo para que Cristo lhe garanta o futuro em seu Reino de glória.
Nicodemos, um homem cuja história está registrada no capítulo 3, do evangelho de João certa noite foi se encontrar com Jesus para tirar algumas dúvidas pessoais que ele tinha em relação aos sinais que Jesus realizava.
Nesse encontro ele foi surpreendido não com a resposta ao seu questionamento, mas sim com a objetividade das palavras de Jesus que diziam: “Se alguém não nascer de novo não pode ver  reino de Deus” (v. 3). E ainda: “Quem não nascer de novo não pode entrar no reino de Deus” (v.5).
Esta história de nascer de novo era algo totalmente estranho para Nicodemos, pois nunca tinha ouvido falar disto antes. Aliás, nascer de novo para Nicodemos era algo totalmente impossível de acontecer, já que ele agora era um homem velho.
Mas Jesus tratava de um nascer de novo no sentido espiritual e não natural.
Jesus sabia muito bem porque dirigia tais palavras a Nicodemos sobre a importância do nascer de novo, porque Jesus Cristo sabia muito bem sobre o futuro que aguardava não só Nicodemos como de resto todos os homens.
Talvez você também nunca tenha ouvido falar sobre nascer de novo. Ou, se ouviu, pode não ter compreendido bem porque a Bíblia dá tanta ênfase nesta experiência.
Mas agora é tempo de você saber porque é preciso nascer de novo para ter o direito de participar do Reino de Deus.
Nicodemos tem algumas características interessantes que o texto relata:
1º. Ele era um judeu. Ser judeu era pertencer a uma raça criada diretamente por Deus;
2ª Ele era um fariseu. Ser fariseu era ser membro da religião mais séria da época;
3ª Nicodemos era o principal dos judeus. Ser principal dos judeus era ocupar um cargo muito destacado na sociedade judaica;
4ª Nicodemos era um mestre em Israel. Ser mestre em Israel era ser alguém de grande respeito por ensinar aos judeus as coisas que diziam respeito ao Antigo Testamento.
Todavia, ser judeu, fariseu, principal dos judeus e Mestre em Israel não era suficiente para dar a Nicodemos o direito de entrar no Reino de Deus.
Para entrar no Reino de Deus Nicodemos tinha que passar necessariamente pela experiência do novo nascimento.
Para entender a importância da experiência de nascer de novo, quando a pessoa se torna filho de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, é preciso que tratemos um pouco sobre a morte.
Não entendemos corretamente a importância do nascer de novo sem que tenhamos uma compreensão mais adequada sobre a morte.
Se você tem medo da morte, a notícia que agora você ouvirá tornará seu tormento sobre a morte ainda maior, pois biblicamente falando existe não só uma mas duas mortes a espera dos homens.
É isto mesmo.
Há outra morte aguardando aqueles que morrerem.
E os sofrimentos da segunda morte são ainda mais terríveis do que aqueles trazidos pela primeira morte, de modo que quem se incomoda com os efeitos da primeira morte se sentirá ainda mais incomodado com os efeitos da segunda.
A primeira morte é conhecida de todos e está diante de nós o tempo todo e em qualquer lugar, roubando, do nosso convívio amigos, parentes, ou desconhecidos até chegar o momento de sermos sua vítima.
A segunda morte, todavia, não faz parte do nosso cotidiano porque está reservada para o dia do juízo final, ocasião em que a Bíblia assegura que Deus trará a julgamento todas as pessoas, inclusive aquelas que já morreram.
No dia do juízo final Deus condenará à morte eterna os que não foram salvos ou que não nasceram de novo.
Falando desse tempo futuro Jesus diz: “vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão; os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiveram praticado o mal, para a ressurreição do juízo (Jo 5.28-29).
Os que estão no túmulo obviamente encontram-se ali porque morreram a primeira morte, os quais deixarão o estado de morte para se submeterem ao juízo de Deus.
Os mortos serão retirados do túmulo por força da voz convocatória de Cristo e apresentar-se-ão diante dEle para serem julgados segundo a verdade.
Em Apocalipse 20.14 lemos que “a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo”, o que corresponde a segunda morte.
No verso seguinte está escrito que aquele cujo nome não foi achado inscrito no livro da vida “esse foi lançado para dentro do lago de fogo” (v.15), ou seja, na segunda morte.
Se já é ruim saber que existe uma morte, que é a morte física, pior ainda saber que existe outra morte, e a que segunda morte traz a sentença de juízo de Deus sobre os homens.
A existência da segunda morte indica que depois de morrer o homem ainda ressuscitará para morrer de novo, recebendo sentença de perecimento eterno vinda do trono de julgamento de Deus.
Como Deus governa sobre todas as coisas e determinou julgar os homens desta forma, quer você creia quer descreia, um dia isto acontecerá pois: “aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disto o juízo (Hb 9.27).
Foi exatamente pelo fato de Jesus saber que haverá uma segunda morte é que Ele foi enfático com Nicodemos sobre a necessidade dele nascer de novo.
NÃO TE ADMIRES, disse Jesus, DE EU TE DIZER: IMPORTA-VOS NASCER DE NOVO (V.7).
Nascer de novo é a única possibilidade reservada ao homem para se livrar da segunda morte.
Os que nascerem de novo não morrerão a segunda morte, porque ressuscitarão para a vida eterna.
Em Apocalipse 20.15 se lê que sofrerá o dano da segunda morte a pessoa cujo nome “não foi achado inscrito no livro da vida” o que significa dizer, em sentido contrário, que aquele que tem seu nome registrado nesse livro não sofrerá e nem será punido com a segunda morte.
Em tal “livro” divino estão registrados os nomes de todos aqueles que creram em Jesus Cristo, recebendo-O como Salvador ao tempo em que O confessaram como Senhor, ou seja, daqueles que nasceram de novo.
Com o nome inscrito no livro da vida isto significa que você foi perdoado dos pecados, justificado de toda transgressão e reconciliado para sempre com Deus por meio de Jesus Cristo, feito nova criatura.
A experiência de perdão, justificação e reconciliação com Deus, a Bíblia chama de regeneração ou de novo nascimento, pois ao ser perdoado, justificado e reconciliado com Deus você se torna uma nova criatura, para quem as “coisas antigas já passaram e tudo se fez novo” (2 Co 5.17), inclusive o futuro.
O futuro se faz novo para quem nascer de novo pelo poder evangelho de Cristo.
Ao nascer de novo a pessoa passa a ter a expectativa de uma esperança de vida conforme escreveu o apóstolo Pedro: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos (1 Pe 1.3).
Nascer de novo é ser regenerado para uma viva esperança ou para uma esperança de vida.
Como Jesus desejava dar a Nicodemos a vida eterna; como Jesus queria livrar Nicodemos da segunda morte; como Jesus sabia que Nicodemos não sabia nada a respeito disto; Como Jesus não ignorava o fato de que Nicodemos mesmo sendo um judeu, um religioso devoto, um mestre em Israel, ou seja, uma pessoa boa e séria, isto não lhe assegurava o direito de se livrar da segunda morte, Ele fala sobre o nascer de novo como algo que ele precisava experimentar.
Nicodemos já tinha nascido uma vez. Mas ele precisava nascer uma segunda vez; Nicodemos já tinha nascido de seus pais, mas Nicodemos precisava nascer de Deus; Nicodemos tinha nascido uma vez como velha criatura; agora precisava nascer uma segunda vez para ser feito uma nova criatura; Nicodemos tinha nascido uma primeira vez como criatura de Deus; agora precisava nascer uma segunda vez para ser feito filho de Deus.
Ao nascer uma vez, dos seus pais biológicos, Nicodemos tinha a possibilidade de morrer duas vezes.
Agora Nicodemos tinha que nascer a segunda vez, de Deus, para não morrer uma segunda morte.
Podemos dizer, então, que quem nasce somente uma vez somente, morrerá duas vezes e quem nascer duas vezes, morrerá somente uma vez.
NASCER DE NOVO era, portanto, algo urgente para Nicodemos.
Afinal, se Nicodemos morresse antes de nascer de novo ele morreria duas vezes.
Por isto é que Jesus foi enfático com ele: Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo (v.7).
Esta historia de Nicodemos representa a sua historia também.
Este encontro de Nicodemos com Jesus é o mesmo encontro que você precisa ter com Jesus para nascer de novo.
O crer em Jesus Cristo para nascer de novo não pode ser adiado por tempo indefinido sob o risco de se tornar tarde demais.
É preciso que você nasça de novo ainda hoje, antes mesmo que a primeira morte o alcance.
Quando ouvimos o evangelho, o verdadeiro evangelho, há conforto em sua mensagem e esperança total naquilo que ele propõe, pois revela a bondade e o amor de Deus pelos pecadores.
A Bíblia afirma que Deus “notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam, porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça (At 17.30-31).
Ou seja, como o juízo final é certo e sério o próprio Deus, desejando que os homens se arrependam em tempo de evitarem a terrível condenação da segunda morte, Ele mesmo insta com todos eles no sentido de se arrependerem dos pecados e crerem no evangelho para serem salvos.
Hoje Deus está falando com você para se arrepender, crer no evangelho e nascer de novo.
Se você tem uma linhagem nobre; se você é uma pessoa religiosa; se você é uma pessoa de grande destaque social; se você é até mesmo um mestre que ensina a outros; se você é até membro de uma igreja, nada disto tem valor para levá-lo ao reino e Deus e livrá-lo da segunda morte.
Para ser livre da segunda morte você precisa nascer de novo.
Jesus informou aos seus discípulos: Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida (5.24).
Você quer viver eternamente? Você deseja livrar-se da segunda morte?
Caso sua decisão pessoal seja pela vida e não pela morte, a condição para experimentar este bem é crer em Jesus Cristo hoje, recebê-Lo como Salvador e confessá-Lo como Senhor.
Ao se entregar a Cristo hoje, diferentemente daqueles que negaram a Cristo, no dia do juízo final você ressuscitará para a vida eterna ouvindo do próprio Salvador o chamado confortador: vinde benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo (Mt. 25.34).
Portanto, para não morrer duas vezes você precisa nascer duas vezes. E o segundo nascimento é obra do Espírito Santo de Deus quando você crê em Jesus Cristo.

Lutero de Paiva Pereira