Quando se faz o curso de piloto uma das forças da natureza que se estuda
são os ventos, pois eles atuam de forma muito direta sobre o avião e sua
navegabilidade.
Os chamados ventos de través, aqueles que sopram lateralmente na aeronave,
por exemplo, devem ser bem observados pelo piloto, pois com facilidade eles deslocam
o avião de sua rota, exigindo correção do voo para não comprometer a chegada ao aeroporto programado.
O piloto deve ficar atento aos meios visuais ou aos instrumentos que possui
na cabine para conferir se a proa está apontando para a direção certa, se o
rumo se mantém na direção desejada e se o avião encontra-se na rota programada.
Quando o vento sopra da esquerda para a direita em relação a aeronave o
piloto tem que “corrigir” o rumo “forçando” o avião a ir para a esquerda, e
vice-versa, compensando assim a atuação do vento.
Como os ventos sopram sempre, é bom o piloto se preparar para
enfrentar sua atuação para desenvolver uma navegação segura.
O apóstolo Paulo utilizando-se da figura do vento procura despertar a atenção
da igreja dos efésios para que ficasse alerta quanto aos “ventos doutrinários”
que sobre ela poderiam atuar, os quais seriam capaz de comprometer sua caminhada empurrando-a para
destinto diferente daquele que fora proposto pelo evangelho.
Os “ventos doutrinários”, diz o escritor, tinham como origem o engano dos homens, os quais agindo com astúcia
corrompem o coração daqueles que lhes dão acolhida.
Paulo escreve: Para que não sejamos
mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo
engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente ( Ef. 4.14).
Para não sofrer a ação dos “ventos doutrinários ” Paulo diz que os crentes deveriam
deixar de ser meninos incostantes, para ficarem firmes quando eles aparecessem.
“Ventos doutrinários” nunca cessaram e homens astutos e enganadores jamais deixaram de agir, e se um e outro sempre se fizeram presentes na história da igreja é prudente dizer que o risco de um desvio é inerente à própria fé, razão pela qual o estado de alerta deve ser mantido sempre.
“Ventos doutrinários” nunca cessaram e homens astutos e enganadores jamais deixaram de agir, e se um e outro sempre se fizeram presentes na história da igreja é prudente dizer que o risco de um desvio é inerente à própria fé, razão pela qual o estado de alerta deve ser mantido sempre.
Por isto a pregação
deve atuar como um alimento capaz de desenvolver a maturidade dos crentes,
ajudando-os a crescer na graça e no
conhecimento de Cristo (2 Pe 3.18), pois somente esse crescimento é capaz de tirá-los do seu estado de menino e, consequentemente, de sua inconstância.
Assim, o pregador,
o pastor, o evangelista, o mestre e quem quer que seja que se dedique ao ensino da Escritura na igreja deve ajudar seus
ouvintes a cheguar a maturidade, ao pleno
conhecimento da verdade (1 Tm 2;4).
Crentes que foram
desviados da “rota da fé” e chegaram a “aeroportos” errados têm que fazer depois um
longo voo de volta para retomar a rota de origem, e isto mesmo depois de terem seu
“trem de pouso” e “asas” danificadas pela “aterrizagem” feita em lugar
indevido.
Infelizmente
a história tem demonstrado que crentes
levados por ventos doutrinarios a uma
rota diferente de Cristo, chegaram a lugares terríveis e não poucos encontram-se até hoje “ espatifados” e incapacitados na fé de alçar
voo de volta.
São vítimas do que poderia ser chamado de “desastre aéreo espiritual”, e necessitam de socorro urgente para serem novamente trazidos à rota que os leva a Cristo e sentirem prazer novamente em seguir o “plano de voo” que a Escritura estabeleceu.
Para quem não
quer correr o risco de empreender “voo” em direção ao caos, utilizando-se de "rotas" impostas por ventos doutrinários o melhor mesmo é seguir
a orientação bíblica e caminhar em direção à maturidade, adquirindo capacidade de manter-se firme mesmo quando ensinos e propostas de homens astutos
e enganadores tentam tirar seus olhos de Cristo para levá-lo a “aeroportos” clandestinos não “homologados” pela Escritura.
Lutero de
Paiva Pereira.